Foto: site WeHeartIt |
Poucos sabem (ou lembram) o quão gostoso é escrever uma carta. Folhas de caderno, adesivos de bichinhos e super-heróis, canetas coloridas, poemas, letras de músicas, confissões, juras de amor, pedidos de desculpas ao amigo de infância...
Nos tempos de escola, as melhores amigas ganhavam cartinhas ao completarem mais um aniversário. Nos primeiros namoros, os meninos descobriam o quanto eram queridos por suas namoradas através das letrinhas com corações nos “is”. Mães e pais tinham orgulho de ganhar as correspondências cheias de errinhos de português dos seus pimpolhos. E nenhum presente tinha a audácia de ser entregue sem pelo menos um bilhetinho.
Aí todos nós crescemos. Ganhamos nosso primeiro computador. Entramos na faculdade. Compramos nosso primeiro carro. E as cartas...bem, as cartas ficaram para trás.
A vida é muito corrida. Em cada festa fazemos novos amigos. São muitos aniversários para lembrar. Trabalho, viagens, contas de luz. E as cartas? Estão guardadas numa caixa de sapato, dentro do armário, embaixo das roupas para doação.
E assim a vida segue. Mas eis que chega na sua vida um amigo. Ele mora longe, só está na cidade de passagem, irmão de sua amiga-mãe. E ele então pergunta: - qual seu endereço? E você responde, meio sem saber para quê ele perguntou. E então ele diz: - então tá, iremos nos falar por correspondência!
Plim! Em um passe de mágica, as canetinhas, adesivos, papéis decorados de cadernos antigos, envelopes comprados na vendinha da esquina, voltam a existir! E você se dá conta de como é linda sua letra, de como sabe expôr bem todo o seu carinho em palavras, de como são bem gastas as moedinhas que entregamos ao moço do correio.
E aí? Ainda tem anotado o endereço do seu amigo que agora mora longe? E o apelido carinhoso que deu ao seu avô, quando vocês ainda brincavam juntos de jogar bola? Lembrou de como sua mãe se enchia de alegria e de lágrimas nos olhos quando, no dia das mães, recebia o café da manhã na cama com uma cartinha cheia de desenhos sua?
Nenhuma banda larga dos melhores notebooks pode ser tão perfeita quanto a demora de uma ou mais semanas que se passam até aquela correspondência tão esperada chegar na nossa caixa de correio. A gente corre para o quarto, fecha a porta, acende o abajour, deita na cama, e lê. Como se nesta carta estivessem escritos os mais ocultos segredos do universo.
Nossa! Adorei vc ter lembrado do quanto é gostoso escrever e receber uma carta...e a maneira linda que escreveu...parabéns! Bj
ResponderExcluirQue bom que gostou! è realmente maravilhoso ter alguém para se corresponder via cartas! :)
ResponderExcluirAiii que lindo Raquel, ameeeei !!
ResponderExcluirPassou um filme na minha cabeça agora dos tempos de que escrever carta era tão bom !! Temos que ter orgulho de termos vividos esse tempo, onde era tão importante mandar e receber um simples cartinha. :)
Beijoks
Oi Juu, que bom que gostou!
ResponderExcluirRealmente a nova geração nunca vai saber de verdade o gostinho que tem enviar e receber uma cartinha.
Mas podemos, de vez em quando, voltar ao tempo e mandar correspondências a quem mora longe!
Beijos!!